Pescadores fazem mutirão de limpeza em celebração ao Dia dos Manguezais

Pescadores

Objetivo da ação é conscientizar as pessoas sobre a importância dos
ecossistemas costeiros únicos e destacar a necessidade de sua preservação

 

A Federação de Pescadores do Rio de Janeiro (FEPERJ) vem desenvolvendo o
projeto “Águas da Guanabara”, há dois anos, uma iniciativa na qual os pescadores
assumem o papel de guardiões da natureza realizando limpezas frequentes dos
manguezais. Por três vezes por semana, eles recolhem cerca de 25 toneladas de
lixo por mês nas colônias Z-8, em Niterói e São Gonçalo, e Z-9, em Magé.

O objetivo do projeto é não apenas remover os resíduos sólidos que ameaçam o
ecossistema da Baía de Guanabara, mas também quantificar e qualificar o impacto
desses detritos na fauna e na flora local. Por meio de novos olhares sobre esses
problemas, busca-se conscientizar a população sobre a importância da preservação
desses ambientes costeiros.

Os pescadores estão focados em realizar a limpeza dos Rios Imbuaçu, Bomba e
Marimbado, em São Gonçalo, bem como nos Rios Suruí e Estrela, na Baixada
Fluminense, incluindo o Canal de Magé. O lixo retirado nesses esforços muitas
vezes não segue para a coleta seletiva e é descartado de forma inadequada,
acabando por poluir os Rios e a Baía de Guanabara.

Educação ambiental
E neste ano, além da limpeza dos mangues, a FEPERJ planeja apresentar um plano
com propostas de educação ambiental. Em meio as ações, será assinado um Termo
de Cooperação entre a FEPERJ e a Prefeitura de São Gonçalo, visando fortalecer os
esforços para proteger esse ecossistema valioso.

O presidente da colônia de pescadores de Niterói e São Gonçalo, Gilberto Alves,
enfatiza que o lixo flutuante e os resíduos sólidos na costa e nos manguezais
representam uma dura realidade para os pescadores. Essa poluição não apenas
degrada o meio ambiente e os recursos hídricos, mas também prejudica a atividade
pesqueira e afeta negativamente a flora e a fauna local.

O projeto “Águas da Guanabara” visa analisar as condições territoriais, ambientais e
econômicas, fornecendo um diagnóstico ambiental e poluidor dos resíduos sólidos
flutuantes e de fundo. Além disso, o mapeamento dos pontos críticos e a
conscientização sobre os riscos são essenciais para assegurar a futura
sustentabilidade e a adequada destinação dos materiais recolhidos, conforme
explicou Gilberto.