PM apura conduta de PMs em ação que terminou com morte de idosa na Baixada

Morta

Dirlene Corrêa foi atingida por três tiros durante confronto entre policiais e criminosos em Belford Roxo/Reprodução

A Policia Militar abriu um procedimento interno para apurar as circunstâncias da
morte de uma mulher durante confronto entre PMs e criminosos no Jardim
Redentor, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, na última quarta-feira (13).

Dirlene Corrêa de Olivetti, de 61 anos, foi atingida por três tiros, um na cabeça, na
barriga e um na perna. A filha da idosa acusa a PM de negar socorro à vitima.
Segundo relatos de testemunhas, Dirlene estava na esquina de casa, na Estrada
das Pedrinhas, sentada na calçada, como de costume, quando agentes do 39º BPM
(Belford Roxo) chegaram e trocaram tiros com os bandidos.

Adelaide Marques, filha da vítima, afirma que a mãe ficou agonizando na rua até
que um vizinho viesse socorrê-la. Ele a colocou dentro de uma Kombi e a levou
para a Unidade de Pronto Atendimento Bom Pastror. Mas a idosa já chegou morta à
unidade.

A PM confirmou que a mulher ferida foi socorrida por populares. Informou também
que instaurou um procedimento interno para apurar os fatos e que está contribuindo para as investigações da Polícia Civil.

Comércio em casa
Dirlene mantinha um comércio informal no quintal de casa, onde costumava vender
alimentos, bebidas e pipas. A filha disse que a mãe tinha o hábito de se reunir com
vizinhos todos os dias à tarde para conversar.

“Na hora dos tiros, minha mãe correu e tentou entrar em casa, mas não deu tempo.
Ela ficou caída no chão e os policiais disseram que era para esperar o Samu
(Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Até que um vizinho que tem uma
Kombi chegou e levou ela para a UPA”, relata a filha.

Dirlene morava na região há mais de 30 anos e foi ali que criou a única filha, de 29
anos. O corpo dela foi sepultado na tarde de ontem (15), no cemitério municipal de
Belford Roxo. Ela também deixa uma neta de 1 e um neto de 6 anos.