PM diz que policiais não deveriam ter atirado em blitz que matou jovem na

Morto em blitz

Guilherme Lucas Martins Matias morreu após saída de baile funk na região central do Rio 

Os policiais que atiraram contra o carro onde estava Guilherme Lucas Martins
Matias não respeitaram o protocolo da corporação e não deveriam ter atirado. A
afirmação é do porta-voz da Polícia Militar, coronel Marco Andrade.

“Segundo os policiais militares que estavam no local, um veículo que vinha na
contramão não obedeceu à ordem de parada. E os policiais efetuaram disparos de
arma de fogo. Todo esse protocolo não faz parte dos nossos materiais de
instruções, de abordagem, nas nossas técnicas, realizadas constantemente nos
nossos centros de formação”, disse à TV Globo.

O jovem de 26 anos foi morto na saída de um baile funk no Morro do Santo Amaro,
em Santa Teresa, na região central do Rio, na madrugada de domingo (26). Ele estava com três amigos em um Renault Clio, quando o veículo foi atingido pelos disparos.

Andrade disse ainda que os policiais usavam câmeras portáteis nos uniformes e que
as imagens vão ajudar a esclarecer o caso. O porta-voz disse ainda que as armas
dos policiais foram recolhidas para perícia e um procedimento apuratório já foi
instaurado pela Corregedoria da Polícia Militar.

Em depoimento, os policiais envolvidos na ocorrência afirmaram que o condutor do
veículo desobedeceu à ordem de parar e acelerou. E afirmaram que o carona
apontou uma arma prateada na direção deles. A família de Guilherme nega e diz que
ele levava apenas um celular.

O caso foi registrado na 5ª DP (Mem de Sá). A 1ª Delegacia de Polícia Judiciária
Militar (1ª DPJM) também acompanha o caso. O carro, com as marcas de cinco tiros, foi levado para a delegacia.