PMs são presos por suspeita de matar policial que investigava milícias no Rio

Crime

Vaneza Lobão foi morta na porta de casa na Zona Oeste do Rio/Reprodução

Dois subtenentes lotados no 27º BPM (Santa Cruz) e no 31º BPM (Recreio dos
Bandeirantes), suspeitos da morte da PM Vaneza Lobão, de 31 anos, foram presos
nesta quarta-feira (7) em uma ação da 8ª Delegacia de Polícia Judiciária (DPJM), órgão ligado à Corregedoria-Geral da PM, com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Os agentes cumpriram mandados de prisão temporária contra a dupla e mandados de busca e apreensão.

Vaneza era lotada na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e trabalhava
no setor de inteligência da delegacia, dedicada à investigação de policiais
envolvidos com milícia e contravenção. A unidade é subordinada à Corregedoria-
Geral da Polícia Militar.

De acordo com as investigações, os PMs realizaram diversas pesquisas sobre
Vaneza em bancos de dados oficiais, com intuito de monitorar a policial e colher
informações sobre sua rotina e endereço.

Até o fim do ano passado, um deles estava lotado na 8ª DJPM, onde Vaneza
trabalhava no Setor de Inteligência. A função de Vaneza era monitorar e elaborar
relatórios a respeito das organizações criminosas que atuam na Zona Oeste da
cidade.

Pistola no calibre .40
De acordo com as investigações, no local do crime foi encontrado um estojo de
pistola no calibre .40, cujo lote indica que a munição foi adquirido pela Polícia Militar em 2009, e entregue no mesmo ano para o 31º BPM.

O policial lotado no 27° BPM trabalhava como motorista do comandante do
batalhão.

Segundo a PM, criminosos armados atiraram contra a policial na porta da casa dela
e fugiram. Ela foi morta com tiros de fuzil disparados por bandidos encapuzados,
que estavam em um carro preto.

PF entrou no caso
No mesmo dia da morte da policial, o ministro da Justiça e Segurança Pública,
Flávio Dino, disse que a Polícia Federal vai ajudaria no caso.

“Lamentamos o terrível crime cometido contra a policial Vaneza Leão, no Rio de
Janeiro. Minha solidariedade à família e aos colegas da corporação. Orientei a
Polícia Federal a ajudar nas investigações, de competência das autoridades
estaduais”, disse o ministro.