Polícia analisa imagens de câmeras de PMs para investigar morte de menino em Maricá, Região Metropolitana do Rio

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Adjailma Azevedo, mãe do menino morto em Maricá, teve que ser amparada pelo marido, José Roberto Santos de Souza/Pedro Ivo/Agência O Dia

A Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG) analisa as
câmeras acopladas nas fardas dos policiais militares que estariam envolvidos na
morte do menino Dijalma de Azevedo, de 11 anos, em Maricá, na Região
Metropolitana do Rio, na manhã desta quarta-feira (12).

A família acusa policiais militares de chegarem atirando, mas a corporação informou que os agentes foram atacados por criminosos. Quatro PMs já prestaram
depoimento sobre o caso na sede da especializada, em Niterói, na Região
Metropolitana do Rio. Os familiares da criança também foram ouvidos.

De acordo com os PMs, a equipe foi atacada a tiros durante um patrulhamento no
condomínio Minha Casa Minha Vida, localizado na Estrada do Bosque Fundo, em
Inoã, o que gerou um confronto.

Após o conflito, os agentes encontraram o menino morto depois de ser baleado. A
PM informou que a viatura dos policiais foi atingida pelos disparos e que os
bandidos fugiram. A corregedoria da corporação acompanha o caso.

Vítima estava uniformizada
Dijalma estava uniformizado para ir à escola quando foi baleado. José Roberto
Santos de Souza, pai da criança, aos prantos, disse que o filho era autista e não
teve reação de correr no momento que ouviu os disparos.

“Os policiais entraram atirando, ninguém atirou contra eles, os vagabundos de lá
não atiraram. O garoto não teve reação de correr. Eu estava em casa, quando ouvi
os pipocos, eu nem tomei banho, escovei dente, nem nada, fui correndo, foi quando
me avisaram: ‘seu filho está morto’. É covardia, agora ninguém vai salvar a vida
dele, aquele lugar é um inferno, sempre acontece essa m…, eu estou muito mal,
não estou aguentando mais”, disse.

O corpo do menino deve ser sepultado na tarde desta quinta-feira (13) no Cemitério de Maricá.