Polícia Civil aperta o cerco contra furto de energia na Baixada Fluminense

Numa conjunto com a empresa concessionária de energia Light, agentes da 55ª DP (Queimados) realizam na última sexta-feira, uma operação contra furto de energia elétrica em condomínios dominados pela milícia em Queimados.
A operação é resultado de informações obtidas após atividades de inteligência do setor de busca eletrônica da delegacia, aliadas a investigações em curso na unidade policial. Foi constatado que uma organização criminosa controla um conjunto residencial naquela localidade, cobrando taxa de moradores para acesso a determinados serviços e impedindo que as concessionárias tenham acesso ao local.
O titular da unidade policial, delegado Bruno Enrique de Abreu Menezes, explicou que o objetivo é neutralizar mais um braço financeiro da milícia, asfixiando fontes de renda e desarticulando a organização criminosa. “As investigações seguem em andamento e outras ações serão realizadas na região”, disse.
Quadrilha controla condomínios
No último dia 5 de maio, a Polícia Civil realizou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra milicianos que atuam em um condomínio do município. A ação tem como objetivo apreender equipamentos eletrônicos e obter novas provas para embasar a investigação, que apura o envolvimento da organização criminosa na região. As diligências também visam coibir o crime de furto de energia elétrica.
De acordo com as investigações da 55ª DP (Queimados), a quadrilha tomou o controle e promove atividades ilegais em um condomínio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, em parceria com a Prefeitura, onde cometem ameaças, extorsões e cobrança de taxas indevidas. Os moradores que se negavam a pagar eram assassinados.
Segundo investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e do Ministério Público (MPRJ), dois bandidos são apontados como líderes da organização criminosa. Um deles é síndico de um condomínio, situado na Estrada das Piabas, em Queimados.
O outro seria ex-funcionário da empresa que fornece energia elétrica na região. Um terceiro envolvido, conhecido como “Macaco Louco”, foi preso preventivamente na “Operação Hunter”, deflagrada em julho de 2019 pelo GAECO, Delegacia de Homicídios da Baixada (DHBF) e pela Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar.