Polícia Civil captura cinco suspeitos de integrar milícia da Zona Oeste do Rio 

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Com o bando, os policiais apreenderam cinco fuzis, além de munição e radiotransmissores/Divulgação

 

Na última quinta, um bonde com 16 criminosos já havia sido interceptado pela PRF. Em apenas dois dias, 17 fuzis foram apreendidos

As delegacias de Repressão a Entorpecentes (DRE) e de Roubos e Furtos de
Automóveis, com apoio da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), prenderam nesta sexta-feira (8) cinco suspeitos de integrar uma milícia que atua na comunidade César Maia, em Camorim, na Zona Oeste do Rio. Com o bando, os agentes apreenderam cinco fuzis, além de munição e rádios de comunicação. Os presos foram levados para a Cidade da Polícia, na Zona Norte, para prestar depoimentos.

A comunidade vem sendo alvo de disputas territoriais entre o tráfico e a milícia. Em
janeiro, moradores da região flagraram um intenso tiroteios com balas traçante.
Vídeos publicados nas redes redes mostram o trajeto dos tiros no céu.

Bonde capturado pela PRF

Uma operação policial no fim da madrugada desta quinta-feira expôs a dimensão da
guerra travada entre quadrilhas rivais na Zona Oeste. Equipes das polícias Militar,
Civil e Rodoviária Federal interceptaram um “bonde” de 16 milicianos em quatro
carros roubados e clonados na Avenida Brasil, em Campo Grande. Os bandidos
estavam com 12 fuzis, 58 carregadores, duas granadas, sete pistolas e mais de
1.500 projéteis. Após intensa troca de tiros, 15 acabaram presos — seis deles foram
baleados. A quadrilha tinha acabado de se envolver num confronto em uma favela
que vem sendo invadida por traficantes.

Bandido extorquia motoristas de aplicativo

Também nesta sexta (8), um acusado de integrar a milícia que atua na região da Ilha do Governador foi preso por agentes da 37ª DP e da 17º BPM, ambos na Ilha.
Anderson Costa Vieira de Melo extorquia motoristas de aplicativos que circulam pelo local.

Ele estava sendo monitorado pelos policiais por ser responsável por recolher as
“taxas” dos motoristas de aplicativos e repassá-las aos traficantes do Complexo do
Dendê, dominado pela facção Criminosa Terceiro Comando Puro, liderada pelo
traficante Mario Henrique Paranhos de Oliveira, conhecido como “Neves”.

De acordo com a Polícia Civil, em revista pessoal a Anderson, foi encontrada grande
quantia, em dinheiro, arrecadada das vítimas.

As investigações mostram que, aproximadamente, 300 motoristas são extorquidos
semanalmente pelos milicianos, que arrecadam cerca de R$ 60 mil mensais.
“A prisão de Anderson é importante, neste momento, pois enfraquece a organização
da narcomilicia que atua na região”, apontou a PM.