Polícia Civil faz operação para capturar ex-motorista da socialite e recuperar bens

Socialite

A Senhora de Santana de madeira, no estilo barroco, data do século 17 e foi uma das obras apreendidas na mansão de Regina Gonçalves/Reprodução

Equipes da 12ª DP (Copacabana) realizam nesta terça-feira (26) uma operação para prender José Marcos Chaves Ribeiro, acusado pela família da socialite Regina Gonçalves, de 88 anos, de tê-la mantido em cárcere privado e de usurpar parte dos bens dela. A ação teve início na mansão da idosa, em São Conrado, na Zona Sul do Rio. Contra Ribeiro, que é ex-motorista da socialite, foi oferecida uma denúncia do Ministério Público.

A mansão tem cerca de 7 mil metros quadrados. O portão da garagem foi arrombado para que os policiais pudessem entrar. Na garagem do imóvel, há móveis amontoados, e outros itens, como quadros, o que, segundo representantes da família, indicaria que seriam retirados do imóvel. Obras e quadros de um salão no subsolo da mansão já teriam sido levados.

Em um dos endereços, os agentes encontraram uma imagem sacra avaliada em R$ 250 mil. O ex-motorista é réu por tentativa de feminicídio, sequestro, cárcere privado, violência psicológica e tentativa de furto. Até a última atualização desta reportagem, José Marcos seguia foragido.

A Senhora de Santana de madeira, no estilo barroco, data do século 17 e foi uma das obras apreendidas na mansão de Regina em São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

O imóvel vinha sendo administrado pelo motorista, que o alugava para terceiros. A imagem barroca passará por perícia e deve ser devolvida à socialite.
A Justiça determinou a desapropriação da casa, e a polícia tenta rastrear o patrimônio que a família da socialite declarou.

Os agentes precisaram arrombar o portão da garagem para entrar, já que não havia ninguém. Logo na entrada da mansão, policiais encontraram móveis separados como se fossem ser retirados. Representantes de Regina também deram falta de obras de arte e joias.

Na década de 1990, Regina herdou um patrimônio de 500 milhões de dólares do marido, fundador da Copag, marca de cartas de baralho. O casal não tinha filhos.

A Polícia Civil afirma que o ex-motorista manteve Regina isolada de amigos e familiares durante anos e passou a administrar o patrimônio da socialite depois de um registro de união estável feito em 2021. Ele chegou a declarar que ela tinha demência.

Em 2021, a socialite foi internada com uma lesão na cabeça e submetida a uma cirurgia, mas ninguém da família foi informado.

De acordo com as investigações, o ex-motorista deixava a vítima sem comer e beber, dormindo numa poltrona no apartamento no Edifício Chopin, em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

José Marcos alega que teve um relacionamento amoroso com Regina. Ela nega.