Polícia fecha cerco contra fundador do Autibank por suspeita de liderar organização criminosa

Yuri Medeiros Correa já é considerado réu pelo Ministério Público do Ceará/Reprodução

Polícia cumpre mandado de busca contra a Autibank na Avenida Rio Branco, no Centro do Rio/Henrique Coelho/g1

A Polícia Civil do RJ desencadeou na manhã desta quinta-feira (3) a Operação Quimera, contra Yuri Medeiros Correa, fundador da Autibank Pagamentos, empresa suspeita de estelionato e pirâmide financeira. A Delegacia de Defraudações, responsável pela investigação, tinha o objetivo de cumprir 12 mandados de busca e apreensão no Centro do Rio de Janeiro e em Niterói, na Região Metropolitana.

De acordo com investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), pelo menos 30 vítimas perderam quase R$ 3 milhões entre 2020 e 2021 com a Autibank. Mas esse número pode ser maior porque há relatos de prejuízos em outros 12 estados e no Distrito Federal, somando R$ 100 milhões em perdas.

A Autibank não está cadastrada no Banco Central do Brasil. Em maio de 2022, o Ministério Público do Rio denunciou Yuri como líder da organização criminosa e Gabriel Oliveira Fidelis como mediador das fraudes.

Estelionato
Yuri já é considerado réu pelo Ministério Público do Ceará por estelionato e organização criminosa. Ainda segundo as investigações, o grupo comandado por ele tinha quatro filiais da Autibank em São Paulo, Niterói, Curitiba e Fortaleza.
A Autibank chegou a patrocinar lives de artistas como Bell Marques e Gusttavo Lima, e Wesley Safadão cantou em um casamento organizado por Yuri para 800 pessoas.

Além do banco digital, o esquema tinha outras empresas que serviam para fazer empréstimos aos clientes: a XTT Soluções Financeiras, a Extratton Soluções Financeiras e a Real Corp Soluções Financeiras, em Curitiba.