Polícia Federal fecha cerco contra fraudes no INSS

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Agentes tentam cumprir mandado de busca e apreensão em um dos endereços de citados

A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (25) 14 pessoas na Operação Metamorfose (palavra derivada do grego metamorphosis e significa transformação) contra um “massivo esquema de fraudes” no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os agentes saíram para prender 19 pessoas e para cumprir 18 mandados de busca no Rio de Janeiro.

De acordo com a PF, a quadrilha investigada “já causou à Previdência Social um prejuízo efetivo de R$ 8 milhões”, que chegaria a R$ 12,2 milhões se o esquema não tivesse sido descoberto. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal do RJ. Os alvos ficam em endereços na capital e nos municípios de
Niterói, Nova Iguaçu e Nilópolis.

O setor de inteligência da Caixa Econômica Federal detectou uma movimentação suspeita entre contas e alertou as autoridades. As investigações apontam que a quadrilha fraudava a emissão de pensões por morte e o BPC-Loas, o benefício de prestação continuada ao idoso hipossuficiente.

Como os beneficiários ou eram fantasmas ou já estavam mortos, “a quadrilha habilitava ‘procuradores’, que faziam os requerimentos na condição de representantes legais”. Uma vez concedido o benefício, os falsos procuradores abriam contas em agências bancárias, sacavam valores e solicitavam cartões. O dinheiro obtido com a fraude era distribuído para contas de laranjas.

Os criminosos responderão pelos crimes de organização criminosa, estelionato previdenciário, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos e uso de documentos falsos. Se somadas, as penas podem chegar a 31 anos e 8 meses de reclusão.