Polícia vai ouvir médico que fez cirurgia plástica em empresária
A 16ª Delegacia da Barra da Tijuca deve ouvir amanhã (16) o médico Heriberto Ivan Arias Camacho, que fez a cirurgia plástica em Lindama Benjamin de Oliveira. A empresária de 59 anos acabou morrendo na última sexta-feira (10) após o procedimento no abdômen feito no Hospital Vitée, na Barra da Tijuca, um dia
antes. O atestado de óbito confirmou que ela morreu de uma perfuração do intestino e hemorragia.
Os investigadores apuram se o médico praticou dolo eventual — quando não quer atingir certo resultado, mas assume o risco de produzi-lo — ou homicídio culposo, quando não há intenção de matar. Os agentes já sabem que o especialista “assumiu algumas condutas que podem ter acarretado” na morte da vítima.
“Queremos saber se houve algum tipo de irregularidade e se ele assumiu o risco”, disse o delegado Ângelo José Lages Machado, titular da 16ª DP (Barra).
A investigação apontou que o médico aceitou um risco cirúrgico feito por Lindama em setembro. De acordo com especialistas, a documentação não poderia ser superior a 30 dias.
Os investigadores também descobriram que o médico aceitou operar a vítima, mesmo com a recusa de dois profissionais de outros hospitais — que pediram outros exames antes da cirurgia.
Na última segunda-feira (13), o diretor-médico e sócio do Hospital Bitée Cirurgia Plástica e Estética, o colombiano Jovanni Villabona Esparza, foi preso, por mantê-lo funcionando sem alvará. No mesmo dia, o estabelecimento foi fechado por falta de documentação e de equipamentos para o pós-operatório, segundo a Delegacia do Consumidor (Decon) e agentes da Vigilância Sanitária.