Policial penal acusado de matar torcedor do Flu vai a júri popular

Júri

Marcelo de Lima é acusado de matar Thiago Leonel Fernandes de Motta

O juiz Gustavo Kalil confirmou que um júri popular vai julgar o policial penal Marcelo de Lima pela morte do torcedor do Fluminense Thiago Leonel Fernandes de Motta e por tentar contra a vida de Bruno Tonini Moura em abril desse ano.

A pronúncia de Marcelo – quando a Justiça entende que há um crime contra a vida e
que ele deve ser julgado por um júri popular -, havia sido decidida em agosto, mas
sua defesa entrou com um recurso, que foi julgado agora, no começo de outubro.

O policial penal foi denunciado por homicídio e tentativa de homicídio triplamente
qualificados, por motivo torpe, por colocar outras pessoas em perigo e pela
impossibilidade de defesa das vítimas.

Marcelo de Lima atirou em Thiago Leonel Fernandes de Motta, que morreu, e
também em Bruno Tonini Moura, que em virtude dos tiros, perdeu um rim, o baço,
parte do fígado e parte do intestino.

Morte sem relação com pizza
A ação aconteceu após o jogo entre Fluminense e Flamengo pela final do
Campeonato Carioca e, de acordo com a denúncia do Ministério Público, Marcelo
disparou após desavenças políticas.

Durante a audiência de instrução, Marcelo declarou que anda armado há 22 anos,
que uma discussão começou porque Thiago não teria concordado com algo que o
policial falava com um amigo, que se sentiu ameaçado e por isso atirou.

Disse ainda que não saiu para matar ninguém e “que ficou triste por terem dito que
ele matou por causa de uma pizza e que o estão colocando como um monstro” – em
referência ao depoimento de testemunhas no início da investigação. Depois a tese
foi descartada.