Prefeita de Japeri é suspeita de fraude em licitação e organização criminosa

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Na casa de Fernanda Ontiveros, os agentes apreenderam documentos e R$ 30 mil/Reprodução

Onze mandados de busca e apreensão miram Fernanda Ontiveros (PT) e outros membros da prefeitura do município da Baixada Fluminense

O Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Civil realizaram uma operação
contra suspeitos de fraude na Prefeitura de Japeri, na Baixada Fluminense, na
manhã desta quinta-feira (11). O principal alvo da ação é a prefeita Fernanda Ontiveros (PT). Na casa da chefe do Executivo, os agentes apreenderam documentos e R$ 30 mil.

Durante a ação, os policiais encontraram 2 fuzis, 2 pistolas e 1 revólver na casa do
ex-secretário de Governo, Francisco Nacelio da Silva. Ele conduzido para a Cidade
da Polícia e liberado, após ser constatado que as armas eram legalizadas.

De acordo com o MPRJ, licitações feitas pela prefeitura apresentam indícios de que
estão sendo feitas com documentos fraudados. As concorrências são para obras de
praças e espaços públicos e manutenção de prédios escolares e da Secretaria de
Saúde da cidade.

Os agentes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão expedidos pelo 3º
Grupo de Câmaras Criminais nos municípios de Japeri e Nova Iguaçu, na Baixada
Fluminense, e na Ilha do Governador em endereços de agentes públicos e privados,
além de pessoas jurídicas. Na ação, os policiais apreenderam 32 celulares, dois
tablets, 10 notebooks, 16 pen-drives, uma CPU, um DVR e quatro HDs, além de R$
62,5 mil e US$ 20,6 mil.

Os crimes investigados são: crimes em licitações, falsificação de documentos e
organização criminosa. O nome da operação, Fictus, significa falso em latim.

Políticos com foro privilegiado
A investigação aponta suspeita de crimes praticados por políticos com foro
privilegiado por prerrogativa de função e, por esse motivo, quem conduz a
investigação é o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos.

A ação contou com participação de promotores de Justiça, agentes da CSI/MPRJ,
delegados e policiais civis, além de oficiais de Justiça do TJRJ. E ainda da
Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ); do Grupo de Atuação
Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ); e da Polícia Civil,
por meio da Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro (Ciaf).