Prefeito de Queimados come no prato que cuspiu: crítico do MDB no passado, aliado no presente
‘Nunca diga dessa água não beberei’. O ditado serve como exemplo para o prefeito de Queimados, Glauco Kaizer (SDD), que recentemente comeu no prato que cuspiu após um encontro Leonardo Picciani, presidente do MDB fluminense.
Na reunião realizada na quarta-feira da semana passada, o ex-deputado federal e ex-ministro do Esporte recebeu Kaizer, que estava acompanhado da secretária municipal de Saúde, Marcelle Nayda, e do subsecretário da pasta, Ragner Ribeiro, além do vereador Vitinho Grandão, de Duque de Caxias (SDD). Na pauta, uma provável parceria objetivando o futuro do município da Baixada Fluminense. Picciani classificou o evento como ‘ótima reunião’ em postagem nas redes sociais.
Até aí, tudo bem, não fosse o fato de Glauco Kaizer ter proferido cobras e lagartos contra o então PMDB, em fevereiro de 2017. Numa das mensagens postadas nas redes sociais ele diz: “O PMDB acabou de ganhar a certificação ISO 90071, categoria corrupção cinismo”.
As críticas ao partido que foi presidido por muitos anos pelo então deputado estadual Jorge Picciani, pai de Leonardo, e falecido em maio deste ano, continuaram: Picciani eleito pela sexta vez como presidente da Alerj. Os deputados, excluindo os do PSOL, estão satisfeitos. Eita parceria boa para o Rio. Os resultados estão aí, o Rio como a capital mundial da corrupção. Alguém não fez o seu trabalho… ou fez?”
Metralhadora giratória
Os ataques ferrenhos disparadas contra o MDB colocam Glauco Kaizer numa posição constrangedora. Embora ele tenha passado uma borracha para apagar as críticas, o caráter político duvidoso permanece. Naquele mesmo ano, o agora prefeito disparou: “PMDB, essa é a sigla que afundou o Estado e que agora cobra do povo os seus erros”. E mais: ‘O partido aposta na estética do nome para fugir da rejeição”, finaliza outra postagem .
Pelo visto, Glauco mudou seu ponto de vista em relação ao partido, e a parceria significa que terá de comer no prato que vomitou.