Rio de Janeiro adota conceito de “cidade esponja” para controlar enchentes e alagamentos
O conceito de ‘cidade-esponja’ é uma inspiração chinesa já implantada
em cidades como Nova York, nos EUA
O Rio de Janeiro passará a adotar o conceito de “Cidade Esponja” para controlar
enchentes e alagamentos. A lei (nº 8.465/2024), de autoria do vereador William Siri
(PSOL), foi sancionada parcialmente na quarta-feira (3) pelo prefeito Eduardo Paes.
A medida prevê a adoção de mecanismos sustentáveis de gestão das águas pluviais,
inspirados em práticas internacionais.
A nova legislação busca reduzir a sobrecarga dos sistemas tradicionais de drenagem e aumentar a autossuficiência hídrica do município através do reabastecimento das águas subterrâneas. Isso será alcançado pelo aumento do volume de águas pluviais naturalmente filtradas. Além disso, a lei visa mitigar os riscos de inundação ao criar espaços mais permeáveis para retenção e percolação natural da água.
Entre as medidas previstas, está a implementação de “jardins de chuva”, pequenos
jardins com vegetação adaptada que ajudam a resistir aos encharcamentos. As
despesas para a execução da lei serão cobertas por dotações orçamentárias
próprias ou, se necessário, suplementadas.
Resultados superiores
O vereador William Siri explica que o modelo de “Cidade Esponja” oferece
resultados superiores ao modelo convencional de gestão das águas pluviais,
permitindo armazenamento e reutilização eficazes.
“A implementação desses mecanismos não apenas reduz o risco de inundação,
mas também melhora a qualidade da água, amplia sua disponibilidade e mitiga os
efeitos das ‘ilhas de calor’, contribuindo para a regulação da temperatura,
aumentando os espaços verdes abertos”, destacou o parlamentar.