Rompimento de adutora da Cedae na Baixada Fluminense causa destruição e prejuízos

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A força da água causou destruição em várias casas e deixou muitos prerjuízos/Divulgação

As ruas do bairro ficaram submersas e quase intransitáveis/Reprodução

Dezenas de casas foram atingidas pela força da água. Problema afetou abastecimento em três cidades

O rompimento de uma adutora no bairro Km 32 causou destruição e prejuízos para os moradores de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, na madrugada desta terça-feira (28). O abastecimento de água foi afetado em três cidades. A concessionária Águas do Rio identificou o rompimento no trecho que passa pelo bairro de Prados Verdes.

Segundo relatos dos moradores, a adutora se rompeu por volta das 4h, quando muitas famílias ainda dormiam. A força da água arrancou telhados, entortou luminárias da rua e ainda formou buracos no chão. Pelo menos sete imóveis foram atingidos ficando alagados e cheios de lama. A Defesa Civil do município afirmou que fará vistorias nos imóveis da região para constatar se houve danos estruturais.

Para realizar o reparo, a Águas do Rio precisou reduzir o fornecimento de água dos municípios de Nilópolis e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, e partes da Zona Norte da capital.

“Eram 4h da manhã, estava todo mundo dormindo. A gente só viu a casa tremendo. E, nós, com um deficiente para tirar de dentro de casa. Ligávamos para a Águas do Rio e eles ainda queriam fotos”, relatou uma moradora ao jornalismo da TV Globo, que acrescentou que os moradores reclamaram sobre as condições da adutora por dois meses antes do rompimento.

Problema recorrente
Um levantamento feito pelo pelo 5º Núcleo Regional de Tutela Coletiva (NTC) da instituição, que atua na região, mostra que mais de mil pessoas que residem no bairro Km 32 já foram prejudicadas com pelo menos sete rompimentos de adutoras ocorridos no período de 2015 a maio deste ano. Um dos rompimentos resultou na morte de uma criança de três anos.

Em razão da proximidade com a Estação de Tratamento do Guandu (ETA) diversas adutoras atravessam o bairro Km 32, o que torna urgente a execução de medidas que reduzam os riscos de novos rompimentos, explicou o defensor público Rodrigo Pacheco, que atua no 5º NTC.

A Defensoria tem atuado, por meio de ações e acordos coletivos, para resguardar os direitos dos moradores que perderam bens e tiveram seus imóveis danificados nos acidentes.