Sede do Hora H é invadida por suposto agente de Saúde
Foto: Imagens da câmera de segurança
Corriqueiro, mas preocupante para a população, a presença de agentes institucionais, que batem às portas de empresas e residências, deve ser observada com cautela. Na manhã de hoje, por exemplo, a sede do Hora H, localizada no bairro Rancho Novo, sofreu uma tentativa de invasão protagonizada por um homem que supostamente estaria a serviço da Vigilância Sanitária da Secretaria de Saúde de Nova Iguaçu.
O ‘funcionário’ em questão não demonstrou conduta condizente com a função, insistindo em entrar nas dependências da empresa, mesmo sendo advertido pela administração para que se identificasse. O suposto agente aproveitou o ingresso de um visitante ao prédio para entrar sem autorização. Impedido por um funcionário, ele passou a agredi-lo verbalmente, com palavras de baixo calão e gestos obscenos.
O mais estranho é que depois de ser ‘expulso’, o homem, que usava uma camisa amarela e um crachá, e de aparência simples, entrou em um Renaut Sandero, ano 2017, placa (…), onde estava uma outra pessoa que o aguardava. Mais estranho ainda é o fato dele estar conduzindo um veículo praticamente novo, cujo valor de mercado não condiz com o salário de agente mata-mosquito, que está em torno de R$ 1.500 mil, o que coloca sob suspeita sua função de estar batendo de porta em porta com o objetivo de vistoriar imóveis à procura de focos do mosquito da dengue que transmite as doenças Zika, chikungunya e dengue.
Ameaças e até tiroteio
A prudência da direção do Hora H em não permitir o ingresso de pessoas estranhas ao prédio se justifica pelo histórico de ameaças recebidas pelo diário da Baixada face à linha editorial pautar denúncias tanto relacionadas a políticos, quanto à bandidagem.
E em um dos episódios, ocorrido em setembro de 2016, uma pessoa trocou tiros com bandidos ao ser atacada numa suposta tentativa de assalto em frente a sede do diário. O homem foi baleado e os criminosos fugiram.
O episódio deixou sequelas que direcionam o Hora H a adotar medidas drásticas de segurança que garantam a integridade física tanto de seus funcionários quanto daqueles que visitam o jornal. Ainda mais em se tratando da região onde os registros de assaltos e a falta de policiamento imprimem a sensação de insegurança a todo instante devido a ação de marginais que estão sempre à espreita.