Serviço de reboque está suspenso no Rio de Janeiro

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Estão suspensos os serviços de reboque, depósito e leilão de veículos apreendidos no estado do Rio de Janeiro/Reprodução

Os serviços de reboque, depósito e leilão de veículos apreendidos estão suspensos no estado do Rio de Janeiro porque a Rio Parking Carioca ainda não regularizou toda documentação junto ao Detro. Em tese, qualquer operação nesse sentido estaria sendo realizada de forma irregular.

A informação foi é do presidente do órgão, Leonardo Matias, durante oitiva da CPI dos Serviços Delegados, da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), que retomou seus trabalhos na última quinta-feira (23).

Os deputados, porém, querem que a Comissão de Orçamento cancele o contrato por suspeita de irregularidades. Formado pelas empresas TCR Construtora Ltda e Administração de Pátios e Leilões (APL), o consórcio assinou um contrato com o Detro no valor de R$ 16 milhões em abril.

Entretanto, mesmo tendo vencido a licitação, que vem sendo constatada junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) por um dos participantes – algumas pendências contratuais não foram cumpridas.

Por esse motivo, explicou Matias, qualquer operação de reboque que for realizada hoje no estado será irregular, já que o novo contrato ainda está sendo implantado. Mas o executivo não convenceu os parlamentares quanto às ações de fiscalização do órgão e a efetividade da APL.

A empresa teve seu contrato suspenso pelo próprio Detro, em setembro do ano passado, quando sua proprietária, Soraya Brasília Jorge, anunciou durante audiência da CPI que não possuía reboques, mesmo sendo contratada para remover veículos apreendidos em blitzes e na Lei Seca.

Ao ser indagado, Matias informou que o preposto da APL seria Acir Joaquim da Costa, que não aparece no contrato e, segundo os deputados, já teria sido preso por ter sido depositário infiel.

Máfia e extinção do Detro

A CPI também solicitará ao governador Cláudio Castro o envio do projeto que estabelece o Estatuto da Blitz, como já havia sido acordado, e a proibição do compartilhamento de reboques entre diferentes órgãos para a realização de operações. O presidente do colegiado, deputado Rodrigo Amorim (União), comentou sobre as recomendações.

“Existe uma máfia do reboque instituída no Rio. A gente percebeu inúmeras irregularidades na relação entre o Detro e os demais órgãos, cedendo seus reboques com o intuito de arrecadar o dinheiro do contribuinte. A primeira recomendação da CPI é cobrar do governo estadual o envio da mensagem que cria o Estatuto da Blitz”, reagiu Amorim.