Suposto sucessor de Zinho pode ter mandado matar Sérgio Bomba em praia da Zona Oeste do Rio

Miliciano

Pipito é um dos principais suspeitos de ordenar a morte do chefe da milícia de Sepetiba, Sérgio Bomba, que foi executado na orla do Recreio, na Zona Oeste do Rio/Reprodução

Principal suspeito de estar por trás da execução do também miliciano Sérgio
Rodrigues da Costa Silva, o Sérgio Bomba, o bandido Rui Paulo Gonçalves Estevão
– o Pipito, passou a ser apontado como ‘zero 2’ da maior milícia do Rio, que era
comandada por Luiz Antônio da Silva Braga, o Zinho, preso no dia 24 de dezembro.

Sérgio Bomba foi assassinado em um quiosque no Recreio dos Bandeiras, na noite
do último domingo (21). Câmeras de segurança registraram o crime. Imagens
mostram o exato momento em que o atirador chega ao local e dispara contra ele.

Segundo as investigações, após a prisão de Zinho, que se entregou à Polícia
Federal na véspera de Natal, Pipito passou a ser apontado como ‘zero2’ da maior
milícia do Rio. Considerado homem de confiança do miliciano, ele foi responsável
por coordenar os ataques a ônibus na Zona Oeste em outubro do ano passado, que
deixaram 35 coletivos incendiados. Os ataques foram motivados pela morte do
sobrinho de Zinho, Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como Faustão,

De acordo com relatos, após a prisão de Zinho, a milícia de Sepetiba, na Zona
Oeste, se dividiu devido a uma disputa por comando. Pipito ainda é apontado como
mandante da morte do miliciano Jairo Batista Freire, conhecido como Caveira, que
também era considerado um dos sucessores de Zinho.

Segundo testemunhas, ele foi morto a tiros em Três Pontes, em Paciência, na mesma região. No entanto, o corpo não foi encontrado e a Polícia Civil ainda realiza investigações para localizá-lo.

Outras mortes
O grupo de Pipito acusava Caveira pela responsabilidade da morte de Antônio
Carlos dos Santos Pinto, o Pit, e de seu filho de 9 anos, no final de dezembro,
também em Três Pontes. Pit era outro miliciano apontado como sucessor de Zinho.

Pipito chegou a ser preso em 2018, no entanto, deixou o presídio dois anos depois,
após conseguir um benefício que permitiu saída temporária durante a pandemia da
Covid-19. Ele havia sido condenado a seis anos e seis meses de prisão pelo crime.