Suspeito de negociar armas furtadas de arsenal do Exército em SP é preso no Rio

Preso

Conhecido como Pretão, Luiz Cláudio Severo foi capturado em Brás de Pina. Ele também é investigado por participar de um esquema de lavagem de dinheiro/Reprodução

Agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) prenderam na manhã
de terça-feira (7), em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio, o suspeito de negociar as
armas furtadas do arsenal d guerra do Exército em Barueri, na Grande São Paulo.

Contra Luiz Cláudio Severo dos Santos, conhecido como Pretão, havia um mandado
de prisão preventiva em aberto, expedido pelo Superior Tribunal Militar (STM). A
equipe da especializada esteve na residência do suspeito, na Rua Jaboti, nas
proximidades da comunidade do Quitungo. Preso no momento em que saía de casa,
por volta das 6h, ele foi conduzido para a DRE, na Cidade da Polícia, no
Jacarezinho, na Zona Norte.

A Polícia Civil informou que a prisão de Pretão, que também é investigado por
integrar um esquema de lavagem de dinheiro, é de grande importância para a
investigação que apura os furtos das armas. Ele foi identificado como um dos
responsáveis pela comercialização do armamento.

De acordo com a investigação, houve movimentações financeiras suspeitas de seu
comparsa na negociação das armas. Jesser Marques Fidelix foi preso em abril
deste ano, com Pretão.

Anotações criminais

O suspeito possui anotações pelos crimes de lesão corporal culposa na direção de
veículo automotor, lesão corporal culposa causada por atropelamento, ameaça,
lesão corporal decorrente de violência doméstica (que teve a punição extinta por
prescrição), e atualmente estava em liberdade provisória respondendo por
estelionato e associação criminosa.

1ª fase da operação prende comparsa

A prisão de Luiz Cláudio faz parte da 2ª fase da “Operação Tormentorum Venditor”
(Mercador de Artilharia). Na 1ª fase, realizada em 12 de abril, os agentes da DRE
prenderam Jesser Fidelix, comparsa de Pretão, e Márcio André Geber Boaventura
Júnior. Ambos também são suspeitos de negociar o armamento furtado com
traficantes do Comando Vermelho (CV).

Os furtos das armas aconteceram em outubro do ano passado. No dia 10 daquele
mês, o Exército começou a investigar o sumiço de 21 metralhadoras do Arsenal do
Comando Militar do Sudeste, em Barueri, na Grande São Paulo. A ausência das 13
metralhadoras calibre .50 e oito calibre 7,62 mm foi notada durante uma inspeção
no local. À época, segundo a força armada, o material não tinha utilidade e tinha
sido recolhido para manutenção.