Traficante do Castelar pode ter sido morto pelo ‘tribunal do crime

Traficante teria sido executado pelo 'tribunal do crime' em favela da Zona Norte do Rio/Portal dos Procurados/Divulgação/Reprodução/Redes sociais

Homem foi torturado pelo bando de Estala por ser suspeito no caso dos meninos/Reprodução

‘Estala’ está entre os indiciados pela tortura de homem acusado injustamente pelo desaparecimento/Divulgação/Portal dos Procurados

Wiler Castro da Silva, o ‘Estala’, era investigado no caso do desaparecimento dos meninos de Belford Roxo

O traficante que estava na mira das investigações da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) por suspeitas de envolvimento no desaparecimento dos meninos Lucas Matheus, 8, Alexandre da Silva, 10, e Fernando Henrique, 11, pode ter sido executado pelos próprios comparsas de facção no ‘tribunal do crime’ do tráfico. As crianças sumiram em dezembro do ano passado, na comunidade do Castelar, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.

Wiler Castro da Silva, o Stala, de 35 anos, teria sido morto numa favela do complexo da Penha, na Zona Norte do Rio, na última quarta-feira. A Polícia Civil não divulgou informações sobre se investiga o assassinato do criminoso.

De acordo com a especializada, o bandido foi um dos responsáveis pela tortura de um morador que foi acusado pelo tráfico de participar do sumiço das crianças, em janeiro deste ano. A vítima teria sido forçada a confessar o crime ao ser amarrada e agredida pelos bandidos no Castelar, onde o tráfico era gerenciado pelo Stala. Para a Polícia Civil, forçar a vítima a confessar o crime é uma indicação que os traficantes querem tirar o foco da investigação sobre os verdadeiros culpados.

Falsa confissão
Responsável pelo caso dos meninos, o delegado Uriel Alcântara, disse que a atual linha de investigação é a responsabilidade do tráfico de drogas na morte e ocultação dos corpos das crianças. A unidade segue com a hipótese de que os meninos foram vítimas dos traficantes pois, teriam furtado uma gaiola com passarinho.

No dia 30 de julho, agentes da DHBF encontraram uma ossada no Rio Botas, em Belford Roxo. A perícia realizada nos fragmentos apontou que o material não era humano, mas de origem animal.