Traficantes atacam Caveirão da PM com granadas e coquetéis-molotovs

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O blindado foi destruído em represália à morte do traficante DVD do Batô (abaixo) em confronto com a PM/Reprodução

 

Veículo blindado incendiado no Bateau Mouche era novo e custou R$ 652,5 mil. Governador disse que ação é ‘inadimissível

O veículo blindado do 18º BPM (Jacarepaguá), atacado e incendiado por traficantes
na noite da última terça-feira (6) na comunidade do Bateau Mouche, na Praça Seca,
na Zona Oeste do Rio de Janeiro, era um dos equipamentos mais novos da Polícia
Militar. Cada unidade custou R$ 652.500, segundo a corporação.

O Caveirão, como o modelo é conhecido, que foi incendiado fazia parte de uma
série de novos equipamentos adquiridos pelo Governo do Rio de Janeiro e que
começaram a chegar à corporação em março de 2022.

O veículo queimado integrou uma compra de 30 blindados realizada a partir de uma
licitação que ocorreu em 2020, com o valor total de mais de R$ 19,5 milhões.
Atualmente, a Polícia Militar do Rio de Janeiro possui 53 veículos blindados em
operação nas várias unidades da corporação, incluindo o quebrado.
Os criminosos lançaram granadas e coquetéis-molotovs, que foram detonados sob
o Caveirão. O fogo atingiu a parte da mangueira de combustível e se alastrou
rapidamente pelo veículo.

Segundo informações, o blindado tinha sido acionado para a favela após um
ataque à base avançada da PM. Quando o veículo chegou foi cercado pelos
bandidos que jogaram bombas, além de pedras e tijolos. O Corpo de Bombeiros foi
acionado e apagou as chamas. Os agentes do 18º BPM (Jacarepaguá) que
estavam no blindado e acabaram inalando a fumaça foram atendidos por equipe.
Nenhum deles sofreu ferimentos graves. O bando fugiu para uma área de mata.

Emboscada em represália
De acordo com a PM, a emboscada foi uma represália à morte de Deivid Odilon
Carvalho de Oliveira, o DVD do Batô, apontado como um dos chefes do tráfico do
local, morto em confronto com os policiais da corporação no último domingo (4).
O veículo blindado foi retirado no começo da manhã desta quarta (7), com perda
total, escoltado por outros três Caveirões. O policiamento foi reforçado na região.

Caça aos criminosos
Nas redes sociais, o governador Cláudio Castro definiu o ataque contra o blindado
como “inadimissível”. Ele afirmou que o ataque não é apenas contra a PM, mas
toda a sociedade.

“E já sabemos que se trata de uma represália à morte do chefe do tráfico da
comunidade, atingido em confronto por policiais do Batalhão. Já determinei ao
comandante da PM que as tropas especiais permaneçam no terreno para localizar
os responsáveis”, afirmou Cláudio Castro.

O secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Marinho Pires, definiu o caso
como uma agressão ao estado e afirmou que os criminosos serão punidos.