Tráfico do Chapadão reage à ação da PM que matou chefe da boca de fumo em Meriti
Os criminosos usaram ônibus como barricada e outros foram incendiados/Reprodução
Os bandidos fecharam vias com 12 ônibus e caminhões e incendiaram outros no Rio e na Baixada (acima e abaixo)/Reprodução
Em Anchieta e Guadalupe, comércio foi forçado a fechar as portas por ordem dos criminosos
Traficantes do do Complexo do Chapadão, na Zona Norte do Rio, utilizaram pelo menos 9 ônibus e 3 caminhões para bloquear ruas em retaliação à morte de Washington Costa de Oliveira, conhecido como “W” ou “Charlote”, chefe do tráfico na Vila Norma, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
A ação ocorreu após uma operação da Polícia Militar na manhã desta quarta-feira (14), que resultou na morte do traficante ligado ao Comando Vermelho (CV) e envolvido em disputas territoriais pelo controle de pontos de venda de drogas na Baixada Fluminense e na capital.
Além dos bloqueios no Chapadão, ao menos 2 ônibus foram incendiados na Avenida Automóvel Club, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Não há registro de feridos.
As vias bloqueadas pelos criminosos incluíram a Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, conhecida como Estrada do Rio do Pau, e as ruas Alcobaça e Marcos de Macedo. A violência também se estendeu ao comércio das regiões de Anchieta e Guadalupe, que foi forçado a fechar as portas por ordem dos bandidos.
Reprimir o roubo de veículos
A operação policial, conduzida pelo 41º BPM (Irajá), visava reprimir o roubo de veículos na Avenida Brasil e nos principais acessos ao Complexo do Chapadão, com base em informações de inteligência. Durante a ação, houve um confronto armado que resultou na morte de Oliveira. A Polícia Militar apreendeu um fuzil e três pistolas no local.
Em resposta aos bloqueios, o policiamento foi reforçado com equipes do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidões (Recom) para desobstruir as vias.
O impacto da violência afetou serviços na região. O Colégio Estadual Manoel Maurício de Albuquerque, na Pavuna, cancelou as aulas da tarde, e a Clínica da Família Raimundo Alves Nascimento suspendeu o atendimento e as visitas domiciliares.