Troca-troca partidário cresce 31% no processo eleitoral em 2022

Ao todo, 3 mil candidatos que disputaram em 2018 trocaram de partido/Reprodução

Um levantamento feito pelo site do g1, com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mostra que mais de 3 mil candidatos que concorreram nas eleições de 2018 mudaram de partido para a disputa deste ano. O número supera em 31% a quantidade daqueles que também trocaram de legenda entre 2014 e 2018.

No comparativo, não foram consideradas trocas de nomes das legendas e as fusões entre os partidos, apenas candidatos que migraram para outros partidos. Um candidato que era do PSL e agora está no União Brasil, fusão do PSL com o DEM, por exemplo, não será considerado como uma mudança.

De acordo com especialistas, os motivos para o aumento das trocas, são: fim das coligações para cargos proporcionais; aumento da cláusula de desempenho; e acesso ao Fundo Eleitoral.

A cláusula de desempenho obriga que os partidos tenham votos suficientes para continuar tendo acesso a recursos públicos de financiamento. O fim das coligações para cargos proporcionais, aprovada em 2017, obrigou que as legendas busquem votos individualmente ou participem de federações partidárias, modelo aprovado em 2021.