“Tu deu sorte, porque a gente ia te pegar”, diz criminoso em mensagem ameaçadora contra ativista político em Maricá

Os criminosos exibem armas nas mensagens enviadas pelo WhatsApp/Reprodução 

 

Rodrigo Negão (d), que tem forte atuação na região de Maricá, ao lado do candidato a deputado estadual Renato Machado (PT)/Reprodução

Bandidos de facção criminosa ameaçam de morte ativista político que atua em área disputada por traficantes rivais em Maricá, na Região dos Lagos

Um ativista político vive sob a sombra do medo desde quando passou a sofrer ameaças de mortes enviadas através de mensagens escritas e de um áudio pelo aplicativo WhatsApp. Morador de Maricá, na Região dos Lagos do RJ, Rodrigo José Barbosa da Silva, de 39 anos, conhecido como Rodrigo Bomba ou Rodrigo Negão, registrou o boletim de ocorrência na última quinta-feira (25), na 59ª Delegacia de Polícia de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

“Nós vai te pegar. Não adianta si esconder. Nós viu você com sua família jantando no restaurante. Você deu sorte que na hora que nós voltou você já tinha ido embora. Você tá f*****. Nós vai te pega (sic)”, diz o criminoso em mensagem enviadas do número (21) 99371-4230, que a vítima diz desconhecer.

Rodrigo informou que tem intensificado sua atuação política em bairros como o Amizade, que há poucos dias foi alvo de uma tentativa de invasão por parte de traficantes do Comando Vermelho, que briga com uma facção rival pelo controle de pontos de venda de drogas. Apoiador do candidato a deputado estadual Renato Machado (PT), ele não sabe dizer se as ameaças estão relacionadas ao seu trabalho na área ou ao fato de declarar apoio ao político.

Bandidos exibem pistola
Em depoimento na delegacia, Rodrigo afirmou os criminosos estariam monitorando seus passos. O autor das mensagens cita uma churrascaria onde o ativista político estava com a família e decreta: “Nós vai te pega. Sua ora vai chega (sic)”.

A voz masculina diz ter conhecimento que a vítima anda de carro blindado e participa de reuniões políticas. Às mensagens escritas foram anexadas fotos com os criminosos segurando pistolas. A Polícia Civil investiga o caso sob sigilo e trabalha para identificar e prender os autores. A pena para ameaça,
manifestada por qualquer meio, é de 1 a 6 meses, segundo o Código Penal.