Vigilante morre após ser baleado por assaltante na Reduc

Leonardo Lopes da Silva, de 39 anos, chegou a ser socorrido ao hospital mais próximo, mas não resistiu/Reprodução

O caso aconteceu após um criminoso tentar invadir a área externa da Reduc/Reginaldo Pimenta/Arquivo/Agência O Dia

Um vigilante da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), na Baixada Fluminense, morreu, no último domingo (12), após ser baleado durante uma troca de tiros enquanto trabalhava. A Petrobras informou que Leonardo Lopes da Silva, de 39 anos, chegou a ser socorrido ao hospital mais próximo, mas não resistiu.

Ainda segundo a estatal, a vítima era um colaborador da empresa Veper. Por volta das 14h30, um homem, que tentou assaltar um ônibus na região, fugiu em direção à área externa da refinaria, onde fez um outro vigilante de refém. Houve troca de tiros e Leonardo acabou atingido. A Polícia Militar foi acionada.

“Vivia sorrindo e era muito brincalhão”, diz irmão
Leonardo era morador de Vicente de Carvalho, na Zona Norte do Rio, e há pouco mais de um ano havia conseguido emprego de segurança, diz a família.

Trabalhando um dia sim e outro não, numa escala de 12 horas por 36 horas, o segurança, atualmente, cursava faculdade de Gestão de Segurança Pública e Privada.

“Ele estava muito feliz com o trabalho. Eu dei a maior força e pedi que ele não perdesse essa oportunidade, já que ele estava há algum tempo desempregado”, contou o gestor de frotas Francícero de Jesus Aragão, de 46, irmão mais velho do segurança.

Pai de uma menina de 6 anos, Leonardo “era muito alegre e brincalhão”, contou o irmão.

“Recentemente, ele havia comprado um carro, após ser empregado, e estava muito feliz. Era um cara que só vivia sorrindo, alegre e era muito brincalhão. Raramente você via ele triste ou reclamando de alguma coisa. Mas, infelizmente, a violência do Rio tirou ele da gente. O meu irmão estava trabalhando quando foi morto. Nem no trabalho você tem paz. Será que o criminoso que fez isso com ele foi preso? Será que mais essa morte será investigada? Será que o meu irmão vai virar estatística? Claro que vai. Não temos segurança nesse estado”, desabafou Francícero.